A pergunta acima deveria ter uma resposta simples e objetiva: Sim. Mas não é bem isso que acontece.
As empresas nomeiam seus gerente com o simples objetivo de promover um "velho de casa", um funcionário, muito bom na sua função, mas que precisa de uma promoção para que não acabe saindo da empresa. Uma forma errada de se nomear um gerente, pois você perde um excelente funcionário e ganha um péssimo gerente.
Em projetos acontece o mesmo, você pega um excelente analista de sistema ou até mesmo um programador e o nomeia para ser um gerente de projetos. Primeiro projeto dele, adivinha? Prazos estourados, escopo não existe mais, custo foi para o espaço e a comunicação do projeto nem se fala... pois ninguém sabe de nada do que se passa no projeto, pois o técnico decidiu fazer as coisas por conta própria, ao passo que não sabia nem o que podia fazer e por isso travou tudo no projeto.
O fato é que o gerente de projetos primeiro tem que ter conhecimento do que está fazendo e não é pra conhecer da área especifica do projeto e sim de gerencia de projetos (você pode não conhecer nada de construção civil, mas pode gerenciar o projeto de construção de um prédio gisgantesco se conhecer as técnicas de gerenciamento de projetos). Segundo, precisa de autonomia para exercer a função, como negociar prazos, custos, escopo e qualidade, sem tem que ficar recorrendo a todo instante ao "dono da empresa" pois não tem poder para tomar decisões referente ao projeto.
O mais engraçado de tudo isso, é que o GP é sempre cobrado por resultados, buscar a satisfação do cliente, garantir que o projeto aconteça dentro do prazo, custo e escopo contratado. Cobrado é, mas em vários lugares, não tem autonomia para buscar otimização do custo, negociar prazos, negociar custos, negociar qualidade da entrega, buscando garantia a satisfação do cliente, sem onerar o custo do projeto e garantindo escopo contrato pelo cliente.
Um GP sem automomia, é semelhante a um gerente de lojas de roupas que não pode dar desconto em um produto pois não é autorizado pelo dono.... é ridículo, mas isso acontece ainda nos dias de hoje.
O gerente precisa de limites até aonde pode negociar, mas não pode ser privado de algumas liberdades e alçadas para negociar.
Gerentes, negociem a sua autonomia, definam o que podem fazer e o que não podem, estabeleça seus limites antes de assumir um projeto ou posição de gerencia e usem com sabedoria a autonomia concedida.
Até a próxima e muito sucesso a todos.
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